sexta-feira, 27 de junho de 2008

grito

louco, sinto-me louco porque a tua voz é ditadora,
obriga-me a recordar o teu toque irreal,
a tua lingua depravada, sem controlo,
o teu desejo radical, sem respeito pelo relógio.
deitas-te e percorro esse corpo sem fronteiras,
luto contra a indignação e torno-me super-heroi,
lavo as minhas chagas e sofro com a dor;
Arde,
Dói,
Faz-me rir,
Faz-me sentir carnal.
Fujo, porque não resisto,
desejo porque necessito
Vou até a gruta e faço fogo
e aqueço-me;
desepero com a tua distancia.
choro de alegria;
abro os braços e grito,
grito, porque o siliencio é malícia,
e palavras são acontecimento,
sempre,
sempre uma vontade,
sempre uma desilusão,
sempre mais um encontro,
sempre um simples desejo
Vem ter comigo....

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