segunda-feira, 17 de novembro de 2008

VAMPIRO

A névoa cobre o declive verdejante que rompe no meu olhar.
São 6 horas e 33 minutos desde que o dia anterior morreu sem memória ou momento marcante...
Não foi feríado ou comemoração inesperada, de acontecimento em forma de milagre ou de bondade; foi dia que transformou a vontade de franzir o sobreolho e sentir que a arrogancia pode ser um estado de espírito interessante,perante pessoas ou momentos indesejáveis.
Nesse dia,6 horas e 33 minutos antes, peguei no lápis e contornei os meus olhos verdes com côr preta acentuada, para apagar todos os meus sentimentos demarcados da ausencia de paixão...
Amor vive-se como uma teia sem aranha; morta por tentar procurar mais bicharocos perdidos na sua armadilha de baba seca e "vidrosa"...
O ambiente de culto, transforma-se numa religião sem dogmas, para que todos possam acreditar que reencarnam numa presa qualquer, que arregala os olhos quando insistentemente perseguida; desejada.
Ah...Casaco preto,calças de veludo, sapato bicudo em verniz riscado...
Lábios encarniçados, do baton desgovernado na minha boca e olhos carregados de noites de insónia,vagueando pelos nevoeiros marítimos que povoam todos estes desejos que surgem sôfregos aos meus olhos.
Vou,e não olho para trás.
Este violinos, são o mote para perseguir as boas memórias das noites a procura de um sangue que não tenho a correr na minhas veias, já secas...;-)

Amitab(Mito) 2008

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