Um dia,alguém ofereceu-me inocentemente uma maçã.
Essa pessoa,foi-se embora nos seus saltos agulha tão ameaçadores,como duas lanças a marcarem um território que já não é seu!.
Lá fiquei eu com a maçã e com a dúvida se deveria trincá-la ou guarda-la para quando tivesse verdadeiramente fome.
Chamei á minha razão, a vontade e o desejo e acabei por devorar aquela maçã;o sumo dela,corria fresco e intenso pela minha boca,pelos meus lábios pela minha garganta...
Prazer!prazer intenso sem hora,nem minuto a contar no relógio do fundo da rua;e foi até ao caroço esfrangalhado,quase deglutido por querer,mais,mais e mais...
Num canto de uma rua obscura acabei por ficar inerte, e pasmado com a minha fome.
parecia que não comia a tanto tempo,que o meu estômago revoltava-se de tanto trabalhar,
de tanto se debater com uma maçã oferecida por uma pessoa que veio ter comigo em saltos
agulha e que desapareceu sem dizer o porquê de oferecer-me esta maçã ,reluzente e vermelha como
sangue intenso...
Não sei quem era...mas a maça era divinal
Mito 2010
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