terça-feira, 27 de março de 2012

SOU

Percorro este caminho, já com alma limpa;
sou caleidoscopio, sou tentativa de amor
ou unicamente corpo abandonado numa rua,
onde um táxi tarda aparecer...
sou música tardia que teima a insónia,
ou torrada seca, sem manteiga.
Quero-te, não como ordem,
mas como desejo;
torno-me cego aos teus braços,
torno-me ouro sem coração,
torno-me intensidade sem fim...
sou teu desejo se quiseres,
sou alma de braços estendidos
se o teu olhar me perseguir;
sou satélite sem comunicação,
sou alma sem devoção.
SOU....


Mito 2012

1 comentário:

Lídia Borges disse...

"Torno-me ouro sem coração"

É uma expressão onde deixo ficar o pensamento.

L. B.