Estes filhos da alma,
gerados na circunstância
de um desejo,
paridos nas dores
do adeus,
prespassam-nos a vida
num adejo,
umbilicalmente
unem o tempo,
permanecem meus
em mundos de distância.
Suave fragância
de sonhos de memória,
plenitudes de sol-pôr.
Como medusa
de estranhos tentáculos
transparentes de ausência,
abraço o universo
numa ternura difusa
que prende no tempo
os imprevistos filhos
da inconsequência.
Helena Guimarães 2004
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